domingo, 5 de junho de 2011

Um pouco mais sobre a guerra

Esse sangrento conflito entre as "duas Espanhas", que deixou mais de 500.000 mortos e ficou famoso em todo o mundo pelas múltiplas atrocidades ocorridas, terminou em abril de 1939, com a vitória dos direitistas comandados pelo general Francisco Franco (foto ao lado), que impôs ao país a repressão através de uma ditadura que prosseguiu até 1975, ano de sua morte.
Entretanto, as forças rebeldes foram detidas por milícias ao norte da capital. A entrada na guerra em outubro, junto aos republicanos, da URSS e depois das célebres Brigadas Internacionais permitiu equilibrar temporariamente as forças.
Os dois grupos iniciaram uma guerra de posições, marcada por duras batalhas - Jarama, Belchite e Teruel - e massacres indiscriminados da população civil, especialmente em Guernica, no País Basco, arrasada pela aviação nazista em abril de 1937, com 1.600 mortos.
A chamada Guerra Civil Espanhola foi um conflito bélico deflagrado após um fracassado golpe de estado de um setor do exército contra o governo legal e democrático da Segunda República Espanhola. A guerra civil teve início após um pronunciamento dos militares rebeldes, entre 17 e 18 de julho de 1936, e terminou em 1° de abril de 1939, com a vitória dos rebeldes e a instauração de um regime ditatorial de caráter fascista, liderado pelo general Francisco Franco.
O liberalismo, na Espanha, tinha, desde os inícios do século XIX, sido violentamente anticlerical; entre os anarquistas, muito influentes na Esquerda, o anticlericalismo havia sido sempre particularmente agressivo, ao contrário dos socialistas marxistas. Na medida em que a Guerra Civil foi a conclusão dos enfrentamentos político-ideológicos do século XIX espanhol, a identificação da Igreja com a Direita determinou o anticlericalismo da Esquerda na sua generalidade.
A perseguição anticatólica durante a Guerra Civil apenas continuou um padrão já existente: nos só quatro meses que precederam a guerra civil já 160 igrejas teriam sido incendiadas.De acordo com o artigo espanhol, foram destruídas por volta de 20.000 igrejas, com perdas culturais incalculáveis pela destruição concomitante de retábulos, imagens e arquivos.Muito embora houvessem sido realizados esforços de propaganda pelos republicanos no exterior em favor da liberdade religiosa no entanto, na prática realizou-se de forma semi-clandestina) de forma a não alienar a opinião pública católica internacional e os próprios grupos católicos no campo republicano o campo republicano era em geral anticlerical e apoiava a repressão à Igreja.




Fonte: http://www.blogger.com/feeds/8460838849993173470/posts/default
http://www.colegioweb.com.br/historia/guerra-civil-espanhola.html
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/guerra_civil_espanha.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Civil_Espanhola

For Whom the Bell Tolls ~ Por quem os sinos dobram

Ernest Hemingway

Por quem os sinos dobram
(em inglês For Whom the Bell Tolls) é um romance de 1940 escrito por Ernest Hemingway.

O livro narra a história de Robert Jordan, um jovem norte-americano das Brigadas Internacionais. Um perito no uso de explosivos, Jordan recebe a missão de explodir uma ponte por ocasião de um ataque simultâneo à cidade de Segóvia. Hemingway usa como referência sua experiência pessoal como partipante voluntário da Guerra Civil Espanhola ao lado dos republicanos e faz uma análise ácida, com críticas à atuação extremamente violenta das tropas franquistas auxiliadas pelo governo fascista italiano e nazista alemão. Critica também a passividade da comunidade internacional diante do conflito, além desorganização da própria esquerda.

Foi filmado em 1943 tendo nos papéis principais os astros da época Gary Cooper e Ingrid Bergman, com uma cena famosa na qual o casal usa um mesmo saco de dormir.




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Vítimas da Guerra Civil Espanhola

Federico García Lorca

Federico García Lorca (Fuente Vaqueros, 5 de junho de 1898 — Granada, 19 de agosto de 1936) foi um poeta e dramaturgo espanhol, e uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola.

Biografia

Nascido numa pequena localidade da Andaluzia, García Lorca ingressou na faculdade de Direito de Granada em 1914, e cinco anos depois transfere-se para Madri, onde ficou amigo de artistas como Luis Buñuel e Salvador Dali e publicou seus primeiros poemas.

Grande parte dos seus primeiros trabalhos se baseiam em temas relativos à Andaluzia (Impressões e Paisagens, 1918), à música e ao folclore regionais (Poemas do Canto Fundo, 1921-1922) e aos ciganos (Romancero Gitano, 1928)

Concluído o curso, foi para os Estados Unidos da América e para Cuba, período de seus poemas surrealistas, manifestando seu desprezo pelo modus vivendi estadunidense. Expressou seu horror com a brutalidade da civilização mecanizada nas chocantes imagens de Poeta em Nova Iorque, publicado em 1940.

Voltando à Espanha, criou um grupo de teatro chamado La Barraca. Não ocultava suas idéias socialistas e, com fortes tendências homossexuais, foi certamente um dos alvos mais visados pelo conservadorismo espanhol que, sob forte influência católica, ensaiava a tomada do poder, dando início a uma das mais sangrentas guerras fratricidas do século XX.

Intimidado, Lorca retornou para Granada, na Andaluzia, na esperança de encontrar um refúgio. Ali, porém, teve sua prisão determinada por um deputado católico, sob o argumento (que tornou-se célebre) de que ele seria "mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver".

Assim, num dia de agosto de 1936, sem julgamento, o grande poeta foi executado com um tiro na nuca pelos nacionalistas, e seu corpo foi jogado num ponto da Serra Nevada. A caneta se calava, mas a Poesia nascia para a eternidade - e o crime teve repercussão em todo o mundo, despertando por todas as partes um sentimento de que o que ocorria na Espanha dizia respeito a todo o planeta... foi um prenúncio da Segunda Guerra Mundial.

Exílio na morte

Assim como muitos artistas - e a obra Guernica, de Pablo Picasso -, durante o longo regime ditatorial do Generalíssimo Franco, suas obras foram consideradas clandestinas na Espanha.

Com o fim do regime, e a volta do país à democracia, finalmente sua terra natal veio a render-lhe homenagens,

sendo hoje considerado o maior autor espanhol desde Miguel de Cervantes

Lorca tornou-se o mais notável numa constelação de poetas surgidos durante a guerra, conhecida como "geração de 27", alinhando-se entre os maiores poetas do século XX. Foi ainda um excelente pintor, compositor precoce e pianista. Sua música se reflete no ritmo e sonoridade de sua obra poética. Como dramaturgo, Lorca fez incursões no drama histórico e na farsa antes de obter sucesso com a tragédia. As três tragédias rurais passadas na Andaluzia, Bodas de Sangue (1933), Yerma (1934) e A Casa de Bernarda Alba (1936) asseguraram sua posição como grande dramaturgo.

Bibliografia

Em sua curta existência, García Lorca deixou importantes obras-primas da literatura, muitas delas publicadas postumamente, dentre as quais:

Poesia

  • Livro de Poemas - 1921
  • Ode a Salvador Dalí - 1926.
  • Canciones (1921-24) - 1927.
  • Romancero gitano (1924-27) - 1928.
  • Poema del cante jondo (1921-22) - 1931.
  • Ode a Walt Whitman - 1933.
  • Canto a Ignacio Sánchez Mejías - 1935.
  • Seis poemas galegos - 1935.
  • Primeiras canções (1922) - 1936.
  • Poeta em Nueva York (1929-30) - 1940.
  • Divã do Tamarit - 1940.
  • Sonetos del Amor Oscuro - 1936

Prosa

  • Impressões e Paisagens - 1918
  • Desenhos (publicados em Madri) - 1949
  • Cartas aos Amigos - 1950

Teatro

  • Assim que passarem cinco anos - Lenda do tempo - 1931.
  • Retábulo de Don Cristóvão e D.Rosita - 1931.
  • Amores de Dom Perlimplim e Belisa em seu jardim" - 1926.
  • Mariana Piñeda - 1925.
  • Dona Rosinha, a solteira - 1927.
  • Bodas de Sangue (Trilogia) - 1933.
  • Yerma (Trilogia) - 1934.
  • A Casa de Bernarda Alba (Trilogia) - 1936.
  • Quimera - 1930.
  • El Publico - 1936





    Fonte: http://www.colegioweb.com.br/historia/guerra-civil-espanhola.html
    http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/guerra_civil_espanha.htm
    http://www.blogger.com/feeds/8460838849993173470/posts/default
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Civil_Espanhola

Poema de Manuel Bandeira

No vosso e em meu coração

Espanha no coração
No coração de Neruda,
No vosso e em meu coração.
Espanha da liberdade,
Não a Espanha da opressão.

Espanha republicana:
A Espanha de Franco, não!
Velha Espanha de Pelaio,
Do Cid, do Grã-Capitão!
Espanha de honra e verdade,
Não a Espanha da traição!
Espanha de Dom Rodrigo,
Não a do Conde Julião!

Espanha republicana:
A Espanha de Franco, não!

Espanha dos grandes místicos,
Dos santos poetas, de João
Da Cruz, de Teresa de Ávila
E de Frei Luís de Leão!
Espanha da livre crença,
Jamais a da Inquisição!
Espanha de Lope e Góngora,
De Góia e Cervantes, não
A de Felipe II
Nem Fernando, o balandrão!
Espanha que se batia
Contra o corso Napoleão!

Espanha da liberdade:

A Espanha de Franco, não!
Espanha republicana,
Noiva da Revolução!
Espanha atual de Picasso,
De Casals, de Lorca, irmão
assassinado em Granada!
Espanha no coração
De Pablo Neruda, Espanha
No vosso e em meu coração!





Fonte: http://www.amopoesias.com/poesia_no-vosso-e-em-meu-coracao_63.html

O que foi a Guerra Civil Espanhola?

Guerra Civil Espanhola
A chamada Guerra Civil Espanhola foi um conflito entre duas frentes militares, ocorrido na Espanha entre os anos de 1936 e 1939. A vitória coube aos nacionalistas de Francisco Franco.
PrecedentesA derrubada temporária dos Bourbons absolutistas por Napoleão I em março de 1808 , a Guerra de Independência contra a ocupação francesa, a abertura das Cortes de Cádiz em 1810 e a proclamação da Constituição liberal de 1812 assinalam o desaparecimento do Antigo Regime espanhol, que havia chegado, durante o reinado de Carlos III da Espanha, a ser considerado como um exemplo de Despotismo Esclarecido. Durante todo o século XIX e o início do século XX, no entanto, a Espanha não conseguiu completar, política e socialmente, a sua revolução burguesa de forma a produzir uma institucionalidade liberal-democrática estável. O século XIX espanhol foi um período especialmente conflitivo, com lutas entre liberais e absolutistas, entre membros rivais da Casa de Bourbon (isabelinos e carlistas), e mais tarde entre monarquistas e republicanos, sobre o pano de fundo da perda das colônias americanas e filipinas.


A economia espanhola teve um crescimento rápido desde o final do século XIX até ao início do século XX. Em especial, as indústrias mineiras e metalúrgicas lucraram e expandiram-se enormemente durante a primeira guerra mundial, fornecendo insumos a ambos os lados. Entretanto, os resultados desse crescimento não se refletiram em mudanças nas condições sociais. A agricultura, sobretudo na Andaluzia, continuou em mãos de latifundiários, que deixavam grandes extensões de terra sem cultivar. Somava-se a isto a forte presença da Igreja Católica, que se opunha às reformas sociais e se alinhava aos interesses da elite agrária. Finalmente, a monarquia espanhola apoiava-se no poder militar para manter o seu regime. O fim da monarquia e o advento da república (1931) nada mudou nesta configuração política básica, com a agravante de que Igreja e Exército se mantiveram monárquicos e as tentativas de golpe tornaram-se constantes.

Com o crescimento da economia, houve o crescimento do movimento operário. Após a fundação da primeira sociedade operária em Barcelona (1840), o movimento cresce e se espalha pelo país. Desde o início, e principalmente na Catalunha, que é a principal região industrial de Espanha, o anarquismo cria raiz e é a tendência política mais popular entre os operários. A principal confederação sindical, a CNT (Confederación Nacional del Trabajo), sob influência anarco-sindicalista, recusa-se a participar na política partidária.

O choque entre classes é frequente e violenta. Desde o fim do século XIX até o início do século XX, grupos de extermínio como o Sindicato Libre procuram suprimir os sindicatos através do assassinato dos seus principais militantes. Do outro lado, grupos de militantes sindicalistas, como o famoso Nosotros, também assassina religiosos e industriais suspeitos de apoiar o Sindicato Libre. Insurreições armadas, tanto de direita como de esquerda ocorrem com regularidade.





Fontes: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20071022144912AAbz70D
http://www.grupoescolar.com/materia/a_guerra_civil_espanhola_(1936-1939).html

Salvador Dali - Premonição da Guerra Civil.


O quadro Premonição da Guerra civil, de Salvador Dalí, é utilizado como meio para mostrar os dois pólos da Guerra, de satisfação total e de mutilação, destruição absoluta.
Dalí era publicamente contra a guerra, achava-a desnecessária e terrível, e utilizou esta pintura como meio para demonstrar isso. A guerra era, segundo ele, o resultado de diferenças entre homens com ambições assustadoramente bestiais, desmedidas. “A premonição da guerra civil”, de Dalí, baseia-se em dolorosos pensamentos de saudade, de morte, de consciência que a vida.
O pequeno homem á esquerda, parado sobre a pesada mão. Este simboliza Anneke e Nikki van Lugo, amigos de infância de Dalí, que tiveram um importante papel na formação da personalidade do pequeno Salvador.
Os feijões cozidos podem significar as antigas oferendas catalãs aos deuses. Podem também significar a fome, a ausência de alimento durante a guerra civil espanhola. Provocando assim um significado ainda mais profundo acerca da morte e da vida.






Fonte: http://www.blogger.com/feeds/8460838849993173470/posts/default

Pablo Picasso - Guernica

A pintura Guernica não se trata de uma obra vinculada aos padrões estéticos acadêmicos. E não se equipara de forma alguma ao culto ao “belo” tão presente na arte grega. Mas esta tela chama a atenção por tamanha expressividade. Pablo Picasso (1881-1973) pintou o quadro em 1937 com o intuito de chocar e mostrar a sua grande revolta em relação ao bombardeio nazista ocorrido na cidade espanhola de Guernica. Este ataque resultou na morte de muitos inocentes, incluindo mulheres, crianças e trabalhadores civis.

No mural há a representação de corpos no chão, pessoas desesperadas, animais contorcidos, o clarão da bomba; tudo representado de maneira distorcida de acordo com a tendência cubista, sem deixar de ressaltar a violência da cena. O esquema de cores é limitado ao preto, branco e cinza. Um aspecto monocromático que realça ainda mais o lado sombrio da guerra para o artista. Às vezes uma manifestação por meio da arte pode ser muito mais significativa e emocionante do que os próprios relatos do fato.

Pablo Picasso foi e ainda é um marco na história da arte. Um artista com uma personalidade tão marcante quanto o seu talento. Enquanto seu apartamento em Paris era revistado, um oficial nazista viu uma foto da obra Guernica na parede e indagou a Picasso: “Foi você quem fez isso?” Ao que Picasso respondeu: “Não, vocês o fizeram”.




Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Guernica_(quadro)